Segundo declarações de Clini reproduzidas pelo jornal local La Reppublica, "o objetivo é prevenir que o combustível do navio vaze; estamos trabalhando nisso. É algo urgente".
De acordo com o ministro, cerca de 2,4 mil toneladas de combustível precisariam ser recolhidas do navio.
O Costa Concordia, que transportava 4,2 mil passageiros, naufragou na noite de sexta-feira na costa italiana, após se chocar com uma rocha. O desastre deixou, até a manhã desta segunda-feira, seis mortos e 15 desaparecidos, que estão sendo procurados por equipes de resgate.
Giglio é parte de um arquipélago em uma importante área de preservação ambiental na Toscana que atrai milhares de turistas anualmente, explica a agência France Presse.
Para Clini, as condições ambientais "dependerão das correntes (marítimas), (que podem ameaçar) certamente a ilha, possivelmente o arquipélago e talvez a costa".
O La Reppublica aponta que combustível usado no navio é extremamente denso, e seu vazamento pode ser bastante danoso ao ecossistema, "porque pode se sedimentar no fundo (do mar), o que seria um desastre", disse o ministro.
Além disso, há a preocupação sobre o que fazer com o navio naufragado, que tombou lateralmente e está parcialmente submerso.
Vítimas
Na manhã desta segunda, as equipes de resgate anunciaram ter encontrado mais um corpo de um homem, o que elevou o número de vítimas de cinco para seis pessoas.
O corpo foi encontrado em um dos corredores do navio durante a madrugada. As autoridades italianas informaram que ele provavelmente era um passageiro devido ao tipo de colete salva-vidas que usava.
O mau tempo está prejudicando o trabalho das equipes de resgate, que estão fazendo buscas em centenas de cabines inundadas do navio.
"Estamos percorrendo todas as cabines do navio, procurando por sinais de vida, pessoas gritando ou qualquer barulho", afirmou o porta-voz do Ministério do Interior italiano, Francesco Paulo Tronca.
Também nesta segunda-feira, o Itamaraty atualizou o número de brasileiros presentes no navio de 53 para 57 pessoas, sendo seis tripulantes do Costa Concordia.
A empresa que opera o navio que afundou na Itália afirmou, no domingo, que investigações iniciais indicam que erros cometidos pelo capitão do cruzeiro causaram o acidente.
De acordo com a Costa Cruzeiros, Francesco Schettino teria conduzido a embarcação perto demais da costa, além de não seguir os procedimentos de segurança determinados pela empresa.
"Aparentemente, o comandante cometeu erros de julgamento que tiveram graves consequências", dizia o comunicado da empresa.
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